sexta-feira, 30 de maio de 2008

"Pelo meu ódio, aprendi a te amar"

Extraído da comunidade do Corinthians no Orkut
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=2513646&tid=5205861616751535293&na=1&nst=1
Pablo
[TEXTO] - "Pelo meu ódio, aprendi a te amar"Obs.: Texto fictício, porém baseado em fatos reais, sobre vários amigos que eu tenho, que aprenderam a ver o prazer de torcer para esse time.

ssas são partes de um diário de Carlos Menezes, durante alguns anos de sua vida.

Mês de janeiro, aos 15 anos de idade - estréia do diário.

Não sei o que falar de mim. Talvez, que eu tenho quinze anos? Que eu tenho uma vida que qualquer garoto pediu a Deus? Das minhas características? Eu não sei. Só sei de uma coisa que pode definir muito bem a minha personalidade. Eu sou fanático pelo meu time, o Palmeiras. Além disso, minha família é de descendentes de italianos, de admiradores dos tempos do Palestra Itália. Herdei a tradição, e me sinto ótimo com isso! Aprendi a ver que o meu time era melhor e pronto! Acima de qualquer explicação. Aprendi a falar, para todos os que torciam para outros times, o quanto eles eram fracos e desprezíveis em relação ao meu. Principalmente, se este for um torcedor do Corinthians. Aliás, eu tenho que dedicar um pouco desta página para falar sobre aquele time que eu detesto, aquele time alvinegro que me enoja, no meu mais profundo ser. Detesto ver aquele escudo que me incomoda. Detesto ver como, mesmo quando eles parecem caídos, parecem se recuperar e jogar o triplo que jogam. Detesto aquela torcida irritante que eles têm, que nos jogos, canta o tempo inteiro. E acima de tudo, detesto ver quando o meu time perde para eles. Eles. Um bando de gente, de todas as partes da cidade, do centro ou das favelas. Parecia que o estádio iria se explodir com o inchaço. Era inacreditável! E eu me pergunto sempre, como é que aquele time, que julgo ser o pior, a ralé das ralés, quase sempre conseguia ganhar de nós? O Corinthians... aquele time que me nutria uma raiva irracional, sempre que faziam gol em nós do Palmeiras.
Portanto, quando há uma vitória do Palmeiras sobre este time, mesmo, eu tiro onda mesmo. Despejo todo o meu ódio contra os corinthianos que eu vejo na minha frente. Tripudio na dor deles. Sorrio. É demais. Estranhamente, isso não me faz completo, mas era demais zoar deles. Principalmente do meu amigo, Luiz. É um bom cara, honesto, os pais ralam na vida e ele tá ralando também, estudando pacas. Só que o único defeito dele é ser corinthiano. Tipo, eu sempre achei que a gente iria ficar brigado por causa de futebol, mas até hoje, nunca aconteceu. Ele tem uma fé inabalável, por mais que o time dele fosse mal, ele continuava acreditando! Droga, nunca dava certo zoar dele! Mas contra os são-paulinos e santistas dá tão certo! Eles se irritavam tão facilmente! Mas era estranho demais bater boca com os corintianos. De repente, eles davam um argumento que eu não sabia como responder! Ah, mas dane-se, o meu time é melhor e pronto. Ele é superior. Mas para Luiz, não era assim.Bom, a página está acabando, e amanhã, tenho que ir para o colégio. É melhor eu parar por aqui por hoje.-----------------------------------Mês de dezembro, aos 15 anos de idade Há! O Corinthians perdeu para o Cruzeiro, no Campeonato Brasileiro, e o Palmeiras faturou 3 pontos em cima do Fluminense! Estou muito bem. Com isso, o Verdão pegou a vaga da Libertadores que faltava, que antes estava com os gambás. Mas algo não me fez bem ao ver algumas cenas, no jogo corintiano. Vi algumas pessoas chorarem, mas mesmo assim, apoiarem o time deles. Dizem que o jogo foi roubado, mas eu não quero saber. Perdeu, playboy, e o Palmeiras vai para a Libertadores do próximo ano. Na saída do colégio, fui falar com o Luiz, claro! Só que ele estava chateado, com uma garota ao lado dele. Era a namorada dele? Se for, apesar de ter mau gosto em relação a time, tinha bom gosto com as garotas, pois ela era linda. Depois, eu soube, que era irmã dele. Irmã? Depois de quase dois anos de amizade, o cara só me fala que tem uma irmã agora?
Tipo, eu a conheci, e o nome dela era Andréia. Parecia ser tão gente fina como o meu amigo e tão corinthiana quanto o mesmo. É, ninguém é perfeito. Mas ela era bonita. E inteligente. Sabia das coisas, tinha um papo cabeça. Tinhamos quase os mesmos gostos, só no quesito futebol é que nós discordávamos completamente. Mas tipo, com aqueles dois, desolados, eu não tive coragem de zoar o Luiz, nem a Andréia. Pela primeira vez, eu senti compaixão de um corintiano. Tudo bem, ele era meu amigo, e eu não devia fazer isso com ele, nesse estado, mas antes, eu nem me importava tanto como agora. Talvez, se fosse o Palmeiras que tivesse perdido a vaga, eu estaria sentido também. Mas eu não sabia. Desde que o Corinthians não ganhasse nada, eu já estava satisfeito. Afinal, eu odeio aquele time, com todas as minhas forças. Eu odeio, odeio mesmo a fé inabalável deles. Sim, Luiz e Andréia, pareciam, naquele dia, "abatidos, mas não destruídos". Eles mostravam esperança, onde não deveria haver mais nada. Era isso que me irritava nos corintianos, e me fazia pensar ao mesmo tempo. Na casa dos meus pais, era só festa. Ou era, até o meu irmão mais velho, André, revelar em pleno almoço, que tinha virado corintiano! Traidor! Foi uma baita discussão! Mas sei lá. Uma parte de mim queria voar em cima do André e bater na cabeça dele para ver se ele voltava ao normal. Mas outra parte parecia não querer se meter nisso. Me senti um inútil. Fiquei apenas olhando. Me retirei do recinto. Ainda pensando na grande vitória do Palmeiras! Mas também pensando na derrota do Corinthians e naqueles torcedores que choravam, protestavam, aplaudiam o time, xingavam o juiz e faziam o estádio tremer. Nossa, como eles são chatos! Mas eu tinha que admitir que eles realmente davam tudo pelo time deles. Eram uma família unida, coisa que a minha fragmentada torcida estava longe de ser. Não era uma torcida medíocre, como os são-paulinos e santistas. Os corinthianos eram odiosos, porém eu tinha que admitir, eram uma real torcida.

Mês de abril, aos 16 anos


Aconteceu algo muito trágico. Ou melhor, três coisas. Primeiro: O Palmeiras foi desclassificado na Libertadores, pelo Universidad Católica, do Chile! Como é que fomos perder para um timinho desses? Mas isso não foi o pior. O problema maior foi na Copa do Brasil. O Corinthians ganhou do Paraná, e está crescendo no torneio. Droga, eu apostava que eles iriam esbarrar num Ipatinga, Brasiliense da vida! O primeiro a me zoar, foi meu irmão, André, o traíra, vira-casaca da família. Só que uma coisa que ele me falou, me intrigou muito. Ele disse que eu sorri, no gol da vitória que o Corinthians marcou, mostrado durante o jogo do Palmeiras. Mentira! Eu não sorri! Só estava nervoso com a derrota do meu time, e como eles jogaram mal! Pô, quem dera que o meu time tivesse jogado tão bem como... como... sei lá, como, que jogassem mesmo, caramba! Há muito tempo eu vinha insatisfeito com o meu time. Não havia raça nenhuma. Desde a eliminação do Campeonato Paulista na última rodada antes das semifinais, contra aquele timinho do Noroeste. E para completar, cara... eu estava pensando demais em Andréia. Eu poderia dizer realmente que eu estava a fim dela. Mas ela é corinthiana! Não pode! A minha família já tinha ficado irritada pra caramba com o André, imagina se eu trazer uma namorada corinthiana para dentro de casa? É capaz do velho Paulo, meu pai, morrer do coração. Não dá! Mas apesar disso, eu conhecia toda a família de Luiz e Andréia. Eles eram todos corinthianos, ao contrário de minha família. Gente boníssima, humilde, é verdade, não tinha tantas condições como a minha família, mas eram felizes como que tinham. Trabalhavam duro para manter a felicidade. Isso me emocionou de certa maneira. Isso era determinação. Isso era raça. Era por isso que fiquei tão amigo do Luiz. Era por isso que me apaixonei por Andréia. Era por isso que o Corinthians me fazia pensar em seus torcedores. Fazia tempo que não tirava onda de nenhum corintiano, mas eu os respeitava, por tudo o que faziam.

Mês de dezembro, aos 17 anos de idade


Completei o meu aniversário nessa semana. E eu recebi o melhor presente que eu poderia querer. Um beijo de Andréia. Depois de tantos meses de conversa e de amizade, eu resolvi me declarar para ela, perto da entrada da casa dela. Tipo, foi uma sensação enorme. Eu já tive namoradas de outros times, até mesmo do meu próprio time, mas Andréia era a primeira corintiana com quem eu tinha uma relação. Ela parecia perfeita. E acho que eu não amei outra garota como ela. Ou melhor, tenho certeza. Tipo, passando por cima das diferenças, nós encontramos semelhanças, e passamos a nos amar.Luiz chegou na hora, vendo a cena. Eu fiquei um pouco apreensivo, afinal, eu era amigo dele, e não era muito bom ver a sua irmã beijando um cara. Instinto de proteção, saca? Ele veio seriamente até mim e a irmã dele, que agora, era minha namorada. Ele olhou e disse com estas palavras: "Se fosse qualquer outro cara, eu mandaria vazar daqui. Mas como é você, Carlos, meu mano, acho que é o cara perfeito dela. Mas não abusa, valeu?" Aí, ele veio sorrindo, e me abraçando, dando um tapinha nas minhas costas, e depois, indo até Andréia e dando beijos no rosto dela. A sorte é que a família dele me adora, "apesar de ser palmeirense", como o patriarca da família, Jaílton tinha falado. No dia seguinte, convidei Andréia para jantar em casa. Era véspera da rodada final do Brasileirão, o Corinthians estava em segundo, atrás do Internacional por um ponto apenas. E o jogo seria justamente contra o time gaúcho. Enquanto o Palmeiras, estava fora de combate, num chatíssimo 14º lugar. Já fazia algum tempo que não acompanhava o time, na verdade. Quando ouvi a campainha, eu fui abrir a porta. Era o meu amor. Só que ela estava trajando a camisa do Corinthians! Ela tinha passado a tarde na Gaviões da Fiel, organizando algumas coisas para o jogo do dia seguinte, junto com Luiz e André. André também se aproximou dos dois, e era o único da família a saber da minha amizade com eles.
Eu perguntei sobre o André para ela, mas ela disse que ele tinha passado lá pela casa deles, para resolver algo com o Luiz. Mas afinal, o que tinham de resolver? Fiquei desconfiado, mas dei um beijo nela, e a fiz entrar, ainda preocupado com o que os meus pais iriam falar. Surpreendentemente, tinha sido uma ótima noite. De início, meus pais ficaram chocados, mas, depois, ao conhecerem Andréia, mais a fundo, eles perceberam que a menina tinha princípios, era uma ótima garota. Minha mãe disse que estava feliz por minha escolha. E meu pai disse que eu deveria cuidar de minha vida, procurar a felicidade, como eu estava fazendo. Acho que com a presença de André, minha família ficou bem mais tolerante em relação aos corintianos. André chegou em casa, de carro, com o Luiz. O meu amigo e cunhado também conheceu a minha família, e meus pais também gostaram muito dele. Até permitiram um convite dele, que era o de ficar na casa deles por alguns dias. Eu fiquei surpreso, mas também fiquei contente. As férias estavam no início, e eu poderia curtir as histórias de Seu Jaílton, sobre o time do Corinthians no passado, da fundação, da Invasão Corinthiana, da Democracia, dos Campeonatos Brasileiros da década passada... historicamente, eu achava tudo interessante, confesso. E sem falar, que recentemente, eu ouvi o hino inteiro do Corinthians, e achei muito bonito, inspirador... Durante o caminho, eu perguntei se eles iam ao jogo contra o Inter, no Pacaembu. Eles disseram que sim, por antecedência, haviam adquirido 4 ingressos. Quatro? Mas eles só eram três! Perguntei quem era a quarta pessoa, e logo eles olharam para mim, de uma só vez. Eu fiquei confuso. Tentei me esquivar. Por medo da torcida, e medo de minha família. Mas eles usaram argumentos tão convincentes que concordei em ir. Afinal, era só um joguinho, insignificante. Não iria mudar em nada a minha opinião. Depois disso, nunca mais assistiria outro jogo do Corinthians no estádio. Pelo menos, era o que eu pensava.
No dia seguinte, tomei um bom café da manhã, de dona Célia, mulher de seu Jaílton, além disso, eu, Andréia, meu irmão e Luiz, fomos ver o último treino do clube pela manhã, do Corinthians. Como eles pareciam fortes, os marcadores eram como muralhas! O goleiro, então, nem se fala. Os meio campistas que tinham de armar as jogadas faziam coisas maravilhosas, isso só num treino coletivo leve! E os gols, eram de um brilho que se chamava determinação, persistência, ousadia. Andréia viu meus olhos brilharem, e sorriu para mim, me dando um leve beijo em seguida. Como isso era bom. Sabe, coisas estranhas aconteciam comigo, nesta semana. Eu via os torcedores corintianos, e não os via mais como chatos, arrogantes. Mas os via como verdadeiros fiéis pelo time. Eu cansei de contar outros torcedores caindo fora do barco, mas os corintianos não, eles só cresciam. Mesmo numa crise extrema, eles pareciam crescer ainda mais! Como aquilo era possível. Passou-se a tarde, e no início da noite, nos preparávamos para ir para o Pacaembu, ver o jogo. Luiz e André chegaram para mim e disseram que agora eu iria saber o que era um time. Aquele time, que foi campeão da Copa do Brasil, agora também disputava o Brasileirão de forma aguerrida, como eu nunca vi o Palmeiras se preparar. Eu nunca me importei com técnica, sempre priorizei a raça, a garra. Claro, boas jogadas sempre ajudam, mas só a determinação leva à vitória. Saímos da casa de seu Jaílton, que por recomendações médicas, deveria ficar em casa, pois tinha quebrado o pé há poucos dias. Dona Célia ficaria com ele. E eu, junto com os três corintianos, fomos ao Pacaembu. Que por sinal estava lotado. Ficamos bem pertinho da Gaviões, para eu curtir os gritos. E durante o jogo inteiro, teve um grito que ecoou na minha cabeça até hoje e me fez arrepiar. Já tinha escutado esse grito, mas não tão de perto.CORINTHIANS!CORINTHIANS, MINHA VIDA!CORINTHIANS, MINHA HISTÓRIA!CORINTHIANS, MEU AMOR! Você tem noção do que é dezenas de milhares de pessoas em um mesmo tom?
Pois é, eu não tinha. A torcida do Palmeiras, como eu já disse, há um tempo atrás, é fragmentada, raramente uníssona. Mas ao ver aquela união de torcedores comuns, e várias torcidas organizadas, aquilo me emocionou. Era algo único. O Internacional começou na frente, com um gol de falta, no primeiro tempo. Eu senti um aperto no meu coração, não comemorei aquele gol em cima do Corinthians, como eu costumava comemorar antes. Mas eu estava torcendo intimamente para o time, enquanto eu via a minha namorada, o meu irmão e o meu amigo, gritando e xingando como loucos, e me dava vontade de fazer isso também. Será que...? Não, não pode ser! Terminou o primeiro tempo, e depois de um tempo, o segundo chegou. Logo nos primeiros 5 minutos, o Timão empatou, com um chutão do meio da rua. Eu gritei "gol", e logo os três olharam para mim, com um sorriso, perguntando: "Virou corintiano, Carlos?" Fiquei com uma cara de tacho ao perceber o que fiz. Nem eu sabia responder, eu só sabia que depois do gol do Corinthians eu sentia uma alegria, uma esperança, que há muito não sentia, nos gols do Palmeiras. Era incrível. Eu experimentava o Nirvana. Como os próprios falavam, eu experimentava rir do meu próprio sofrimento. Mas sofrimento pelo Corinthians, um time que sempre odiei? Sim. Pois eu esperava que ele virasse o jogo. Pois eles mereciam. Estavam jogando o jogo da vida. Estavam oferecendo a cada pai de família, cada mulher, cada criança, que estavam ignorando seus problemas, sua vida, seus ferimentos, a chance de sorrir. Finalmente, eu compreendi o meu antigo ódio. Era uma questão de que eles resistiam. Eles se uniam, eram resistentes à dor, acreditavam na vitória, até o último minuto, tinham o poder de sair de situações dificílimas por causa da interação, que havia entre time e torcida. E logo, aprendi que não havia, nem torcida, e nem time, mais lindo do que aquele. Foi quando num lance de escanteio, aos 40 do segundo tempo, o Corinthians fez o gol que lhe daria o título.
No fim do jogo, comemoramos o título. O Corinthians levantando a taça. Comemorando mais um campeonato brasileiro, tudo o que mais queríamos. Nessas alturas, eu já tinha perdido a vergonha. Pulava, gritava, chorava e me arrepiava, além de beijar Andréia apaixonadamente. A festa se passou durante parte da madrugada, na Avenida Paulista. Foi algo sensacional, corintianos de todas as classes, cores, credos, idades, se unindoem um só povo, uma só nação, gritando num único É CAMPEÃO!Demoramos, mas retornamos à casa de Luiz e Andréia, onde vimos seu Jaílton chorando de emoção, junto com meu pai. Todos nós nos abraçamos e nos confraternizamos. Apesar de meu pai ser palmeirense roxo, se tornou grande amigo de seu Jaílton, desde então.


Mês de dezembro, aos 33 anos

Há muito tempo que não escrevo mais nisso. Mas devo falar que muita coisa aconteceu, desde aquele jogo que me marcou. Aprendi, nele, tudo o que eu precisava para me tornar um corintiano. As mesmas razões pela qual odiava o meu Coringão, na minha adolescência, são as que desde os meus 17 anos me fazem amá-lo e admirá-lo. A sua torcida, a sua força, a sua tradição, o fato de sempre se fazer grande o suficiente para ser odiado e invejado. Não importa a situação, é sempre parâmetro para outros times. Me casei com Andréia, e tenho dois filhos gêmeos, de 2 anos cada. Espero manter a tradição corintiana na nossa recente família. Mas sei bem que é o Corinthians que escolhe seus torcedores, não o contrário. Foi o que aconteceu comigo. Tanto que Luiz e André continuam fortes em sua torcida, cada um com sua vida e suas mulheres, mas nos falamos muito e nos reunimos depois dos jogos do Todo Poderoso. Eu devo agradecer a eles, à minha mulher, e também ao seu Jaílton e à dona Célia, que Deus e São Jorge os tenham! Todos eles me mostraram, que pelo ódio, eu poderia vir a amar, aquele time que eu sempre admirei mas nunca havia admitido isto. Ao time que desprezei por pura inveja e que mesmo assim, ganhou meu coração. TE AMO CORINTHIANS!